terça-feira, 30 de agosto de 2011

No Teatro a Bilheteria é Sagrada

Texto retirado do Blog do Zé Celso:

De que vive um Teatro? “Não me peça para dar a única coisa que tenho para vender”, afirmava sabiamente Cacilda Becker. A Bilheteria, como na Putaria, na Pirataria, na Droga, no Comércio, é Cash. No Teatro a Bilheteria é Sagrada, ainda mais na MACUMBA onde o dinheiro é uma exigência Litúrgica. E você nobre acadêmico, ainda pagou somente 10 reais, que foi o preço a que pudemos chegar apara os amigos do Oficina.

Nós somos uma Associação Cultural, com atividade econômica mas sem fins lucrativos, logo, “Pequeno Burguês”, não lhe deram a nota fiscal paulista. Esta fala é digna mesmo de uma personagem Pequeno Burguesa, é Linda:

“A nota fiscal paulista é dinheiro e eu – munícipe – sou restituído com o imposto de icms ao final do ano. É dinheiro. É meu dinheiro, é meu direito.
Já não gostei. Entortei o bico. Comecei a entender.

Mexeram no meu bolso para me vender uma estética libertária, antropófaga.
Paradoxo. Incoerência.”